Ciência e Dados
Menu
  • Home
  • Sobre
  • Contato
Menu
Internet of Things e Stream de Dados

Internet of Things e Stream de Dados

Posted on 29 de novembro de 201527 de dezembro de 2017 by David Matos

Com o custo cada vez menor de micro-sensores, a realidade é que em breve, cada objeto no planeta poderá ter seu próprio sensor e será possível saber a exata localização de cada um deles, em tempo real. Este fenômeno, muito similar ao crescimento da internet que vivenciamos algumas décadas atrás, vai demandar um novo conjunto de aplicações de monitoramento e controle que sejam capazes de lidar com alto volume de dados e processamento de baixa latência (ou seja, em tempo real).

Aplicações que requerem processamento em tempo real de alto volume de fluxos de dados (streams de dados) estão empurrando os limites da infraestrutura de processamento de dados tradicional. Alguns exemplos de aplicações baseadas em stream de dados: processamento eletrônico de negociação em bolsa de valores, monitoramento de redes, detecção de fraude e comando e controle em ambientes militares. O que estes exemplos têm em comum? Grandes fluxos de dados (streams) gerados por segundo e necessidade de processamento em tempo real.

Em Wall Street e outros mercados de ações, o trading eletrônico já é uma realidade há muitos anos e continua crescendo em números. Um único mercado de ações pode gerar milhares de mensagens por segundo. Alguns anos atrás, a estimativa era de 122.000 mensagens por segundo e que esta quantidade estaria dobrando de tamanho a cada ano. Ou seja, os sistemas tradicionais de processamento de dados, já não serão capazes de lidar com os requerimentos básicos deste mercado: alto volume de dados e processamento com baixa latência.

Monitoramento de redes e prevenção de ataques, assim como detecção de fraude em tempo real, são outros exemplos de alto volume de dados e necessidade de baixa latência na análise. Com milhares de dados chegando a cada segundo, um único segundo de perda, pode significar o sucesso ou fracasso de uma aplicação.

O uso militar de sensores também é outro exemplo. No exército dos EUA, os soldados estão sendo equipados com sensores de monitoramento dos sinais vitais do corpo (o mesmo está sendo feito com jogadores da liga de futebol americana, a NFL). Além disso, todos os veículos militares são equipados com GPS, que permitem o monitoramento dos veículos em tempo real, a fim de detectar qualquer alteração de rota.

Micro-sensores em pulseiras, serão usados em parques nos EUA. Isso permitirá desde o controle do uso dos brinquedos, até o monitoramento de crianças que se perdem dos pais. Mais uma vez, perceba 2 características vitais: alto volume de dados e necessidade de processamento em tempo real.

O Stream de dados gerado pela internet das coisas vai superar em muito o que hoje é chamado de Big Data. O volume de dados gerado nos dias de hoje, será totalmente superado, quando os sensores avançarem para seu próximo estágio de utilização e com a redução contínua dos custos de sensores, o limite para suas aplicações não existirá mais. E novas tecnologias, como banco de dados em memória e mecanismos de processamento de stream de dados (Stream Processing Engines), já começam a chamar atenção. Soluções como Aurora e TelegraphCQ, são uma nova categoria de software de infraestrura e monitoramento em tempo de real que está está surgindo para suportar as duas características principais desta tecnologia: alto volume de dados e baixa latência no processamento.

Para conseguir a baixa latência, um sistema precisa ser capaz de processar os dados sem a necessidade de gravar o dado em disco (o que levaria mais tempo). Para aplicações em tempo real, onde a baixa latência é um requerimento básico, o processamento deve ser feito “In-Stream”, ou seja, à medida que os dados vão chegando, vão sendo processados e analisados em memória, sem a necessidade de gravação em disco.

Há uma grande classe de aplicações existentes e emergentes que requerem soluções sofisticadas de processamento em tempo real para streams de dados, gerados especialmente pela internet das coisas e muitas das soluções ainda não existem. O conceito de Big Data será amplamente extendido e a Data Science estará no coração destas novas soluções que irão surgir.

Particularmente, considero este assunto fascinante. Nos próximos posts vamos tratar de assuntos como Banco de Dados em memória, StreamSQL e Engines de Processamento de Streams. Caso ainda não tenha assinado o blog, não deixe de assinar para ser avisado sobre os novos posts. Até lá.

David Matos

Relacionado

3 thoughts on “Internet of Things e Stream de Dados”

  1. Pingback: A Ciência de Dados em 2016 - Ciência e DadosCiência e Dados
  2. Pingback: Big Data: “Ele sabe muito sobre você” | O Estatístico
  3. Pingback: Big Data: "Ele sabe muito sobre você" - O Estatístico

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assinar blog por e-mail

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

Buscar

Tags Mais Comuns nos Posts

Agentes de IA Analytics Análise de Negócios Apache Spark AWS Big Data Blockchain Business Intelligence ChatGPT Cientista de Dados Cientistas de Dados Ciência de Dados Cloud Computing Data Lake Data Mesh Data Science Data Scientist Data Warehouse Deep Learning Deploy Engenharia de Dados Estatística GPU GraphRAG Hadoop IA Generativa Inteligência Artificial Internet of Things Linguagem Python Linguagem R LLM LLMs Machine Learning MCP (Model Context Protocol) Metadados Normalização NVIDIA Oracle Pipeline de Dados Predictive Analytics Probabilidade PySpark Python RAG Storytelling

Histórico de Posts

  • maio 2025 (6)
  • abril 2025 (2)
  • março 2025 (4)
  • fevereiro 2025 (8)
  • janeiro 2025 (5)
  • dezembro 2024 (4)
  • novembro 2024 (1)
  • outubro 2024 (1)
  • setembro 2024 (1)
  • agosto 2024 (1)
  • julho 2024 (3)
  • junho 2024 (1)
  • maio 2024 (1)
  • abril 2024 (2)
  • março 2024 (1)
  • fevereiro 2024 (1)
  • janeiro 2024 (1)
  • dezembro 2023 (1)
  • outubro 2023 (2)
  • setembro 2023 (1)
  • agosto 2023 (4)
  • julho 2023 (2)
  • junho 2023 (4)
  • maio 2023 (2)
  • abril 2023 (2)
  • março 2023 (3)
  • fevereiro 2023 (3)
  • janeiro 2023 (3)
  • dezembro 2022 (7)
  • novembro 2022 (6)
  • outubro 2022 (2)
  • setembro 2022 (3)
  • agosto 2022 (2)
  • julho 2022 (2)
  • junho 2022 (3)
  • maio 2022 (1)
  • abril 2022 (3)
  • março 2022 (1)
  • fevereiro 2022 (3)
  • janeiro 2022 (2)
  • dezembro 2021 (1)
  • novembro 2021 (5)
  • outubro 2021 (2)
  • setembro 2021 (3)
  • agosto 2021 (1)
  • junho 2021 (1)
  • fevereiro 2021 (2)
  • janeiro 2021 (1)
  • dezembro 2020 (1)
  • novembro 2020 (1)
  • outubro 2020 (2)
  • agosto 2020 (1)
  • abril 2020 (1)
  • março 2020 (1)
  • fevereiro 2020 (2)
  • agosto 2019 (1)
  • abril 2019 (1)
  • setembro 2018 (2)
  • julho 2018 (1)
  • junho 2018 (3)
  • abril 2018 (1)
  • março 2018 (1)
  • fevereiro 2018 (2)
  • janeiro 2018 (1)
  • dezembro 2017 (1)
  • novembro 2017 (1)
  • outubro 2017 (1)
  • setembro 2017 (1)
  • julho 2017 (1)
  • junho 2017 (1)
  • maio 2017 (2)
  • abril 2017 (1)
  • janeiro 2017 (1)
  • novembro 2016 (1)
  • outubro 2016 (1)
  • setembro 2016 (1)
  • julho 2016 (1)
  • junho 2016 (1)
  • maio 2016 (1)
  • abril 2016 (1)
  • fevereiro 2016 (1)
  • janeiro 2016 (3)
  • dezembro 2015 (4)
  • novembro 2015 (6)
  • outubro 2015 (9)
  • setembro 2015 (9)
  • agosto 2015 (9)
©2025 Ciência e Dados